Construindo um Plano Plurianual transformador: um chamado à ação para Prefeitos e Vereadores

O planejamento público é ferramenta essencial para a gestão eficiente, especialmente em tempos de desafios econômicos e sociais. No Brasil, o Plano Plurianual (PPA) é um instrumento de planejamento de médio prazo, estabelecendo diretrizes, objetivos e metas para a administração pública ao longo de quatro anos. Prefeitos e vereadores enfrentam o desafio de construir o próximo PPA e, ao fazê-lo, não se restringir a atualizar o passado, mas identificar as oportunidades e os desafios que as novas tendências do século XXI estão trazendo, nas áreas tributária, financeira, demográfica digital e ambiental, entre outras. O PPA é central para a transformação social e econômica e para a definição de políticas públicas eficazes.

O mito de Procusto, da mitologia grega, ilustra problemas e soluções no planejamento público. Procusto ajustava seus hóspedes a uma cama de ferro, cortando ou esticando seus corpos para que se encaixassem na cama. Essa metáfora reflete como o planejamento público, muitas vezes, tenta forçar soluções inadequadas para problemas complexos. Gestores públicos devem superar esse padrão para garantir a eficácia de seus esforços. O PPA é a oportunidade para isso. Assim como Teseu venceu Procusto ao recusar soluções limitadas, gestores devem abandonar práticas antiquadas e inflexíveis, adotando um planejamento estratégico, ágil e que se adapte às necessidades reais da sociedade.

Para que precisamos de PPA? Ao ser criado na Constituição de 1988, o PPA assumiu o papel de dotar o orçamento anual de inteligência sistêmica e ampla visão, para além de pagamentos e metas fragmentadas. O PPA deve rever o passado, potencializar a capacidade presente e antecipar riscos e benefícios tendenciais.  Para isso, deve ser modelado como instrumento estratégico, dinâmico e adaptativo, capaz de responder às necessidades emergentes da sociedade. A efetividade do PPA depende de sua capacidade de adaptação às mudanças e de integrar novas tecnologias e metodologias de gestão.

A implementação do PPA enfrenta a complexidade inerente ao planejamento de políticas públicas em um país de dimensões continentais como o Brasil. A integração entre os níveis de governo – federal, estadual e municipal – é crucial. No entanto, a falta de articulação pode resultar em iniciativas fragmentadas e ineficazes. Além disso, a tendência ao incrementalismo, que se baseia em pequenos ajustes às políticas existentes, em vez de promover mudanças significativas, também é um desafio. O PPA pode se tornar um verdadeiro motor de transformação econômico-social.

A inteligência artificial (IA) pode ser uma aliada no aprimoramento do planejamento e implementação do PPA. A IA analisa dados estruturados, fornecendo insights valiosos para a tomada de decisões. Tecnologias como o aprendizado de máquina podem prever cenários futuros e adaptar políticas públicas conforme as necessidades emergentes. A participação cidadã e a colaboração entre setores são fundamentais para o sucesso do PPA, trazendo novas perspectivas e recursos para políticas mais efetivas e inclusivas. O PPA, portanto, deve ser visto como uma oportunidade para inovar e integrar novas tecnologias no planejamento público.

Planejar com base em evidências é uma prática que pode aumentar o efeito do PPA, mas também apresenta desafios. A oportunidade reside na capacidade de usar dados e indicadores para avaliar a qualidade das políticas públicas e garantir que elas realmente transformem vidas. O desafio é a falta de integração e sinergia entre os diferentes níveis de governo, o que pode dificultar a implementação de políticas públicas baseadas em evidências de forma efetiva. O PPA deve ser um instrumento que promova o uso de evidências no planejamento e na implementação de políticas públicas.

A adoção de tecnologias verdes pode ter um impacto significativo na efetividade do PPA no Brasil, promovendo uma transição energética sustentável e enfrentando desafios ambientais. A integração de dados climáticos no planejamento sustentável do Brasil enfrenta desafios significativos, incluindo a complexidade do ambiente operacional e a necessidade de uma abordagem coordenada entre diferentes níveis de governo. O PPA deve, portanto, incorporar tecnologias verdes e dados climáticos em seu planejamento para garantir um desenvolvimento sustentável.

Os legislativos desempenham um papel importante na formulação e supervisão das políticas públicas. Recentemente, o Sistema de Tribunais de Contas do Brasil tem focado mais na governança para o desenvolvimento e inclusão. Os tribunais trabalham para garantir que as práticas de governança tornem as políticas públicas efetivas, promovendo a transparência e a prestação de contas. O PPA, como instrumento de planejamento, deve ser supervisionado e avaliado por esses órgãos para garantir sua eficácia e transparência.

De acordo com a OCDE, o Centro de Governo (CdG) desempenha um papel fulcral na coordenação de políticas públicas e na entrega de resultados governamentais. Ele atua como um ponto central de coordenação, garantindo que as políticas sejam implementadas de maneira coesa e eficaz. O CdG é responsável por monitorar o desempenho de políticas, facilitar a comunicação entre diferentes ministérios e garantir que as prioridades do governo sejam implementadas. O PPA, como uma ferramenta de planejamento, é crucial para o funcionamento do CdG, pois fornece uma estrutura clara para a definição de metas e a alocação de recursos, além de permitir acompanhamento da gestão financeira.

No centro da transformação pública, o Instituto 3ipês é um centro de pensamento e construção de soluções ágeis e impactantes. Nossa missão é clara: apoiar organizações, prefeituras, estados e governo federal a realizar mandatos memoráveis. Acreditamos que a mudança real começa com a participação e orientação de líderes, gestores, servidores e organizações, promovendo um ambiente onde serviços públicos de qualidade, regulações eficientes e políticas públicas resolutivas e inovadoras possam florescer. Nossos programas de capacitação são projetados para equipar os líderes com as ferramentas necessárias para formular e implementar projetos que façam a diferença. Unindo conhecimento aplicado, inovação e metodologias contemporâneas, transformamos a organização e o governo em centros de excelência, onde os resultados duradouros são o padrão, não a exceção. 

Sebastião Helvecio 

Vice-Presidente do Instituto 3Ipês – Doutor em Políticas Públicas de Saúde UERJ (RJ)

Marcelo Barros Gomes 

Diretor Acadêmico do Instituto 3Ipês – Mestre em Administração Pública e Políticas Públicas LSE (UK)

Rita de Cássia Santos 

Coordenadora Acadêmica do Instituto 3Ipês – Doutora em Políticas de Desenvolvimento Manchester University (UK)

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Laíza Machado

Profissional com 7 anos de experiência em gestão administrativa e comercial, liderando processos organizacionais em empresas de contabilidade, varejo e consultoria.

Atualmente cursando MBA em Gestão de Processos, com sólido histórico em melhoria de eficiência operacional, fidelização de clientes e gestão de dados. Proativa, orientada a resultados e apaixonada por transformar desafios em soluções estratégicas.

Rivania Figueiredo

Com 13 anos de experiência na área administrativa e de
secretariado, trago minha experiência para oferecer serviços de assistência remota com eficiência e profissionalismo. Ofereço
suporte administrativo e secretarial, permitindo que as empresas
se concentrem nas tarefas estratégicas que impulsionam seus negócios.

Trabalho remotamente, diretamente do meu Home Office, proporcionando soluções eficientes para suas demandas
burocráticas e administrativas. Com minha colaboração, você
pode delegar tarefas que consomem tempo, garantindo maior disponibilidade para focar no crescimento e na gestão estratégica do seu negócio.

Estou disponível para contratação remota, oferecendo flexibilidade
total para serviços pontuais ou recorrentes, adaptando-me às
necessidades específicas de qualquer ramo.

Marcelo Barros Gomes

Possui mestrado em Public Policy and Public Administration pela London School of Economics and Political Science (LSE) (2000). Atualmente é auditor federal de controle externo – Tribunal de Contas da União desde 1995. Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Estrutura e Transformação do Estado Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU) desde 1995, ocupa desde junho de 2021 o cargo de Coordenador de Parcerias e da Cooperação Internacionais de Controle Externo no TCU. Anteriormente ocupou o cargo de Assessor Especial na Casa Civil da Presidência da República. Anteriormente ocupou o cargo de Vice-Ministro – Secretário Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil Presidência da República (março de 2020 a maio de 2021); o cargo de Vice-Ministro – Subchefe de Acompanhamento e Avaliação de Políticas Governamentais da Casa Civil (março 2019 a março 2020). No TCU ocupou o cargo de Coordenador-Geral de Resultados de Políticas Públicas (2017-2018) e Coordenador-Geral da Área Social e das Secretarias de Controle Externo da Região Nordeste do TCU (2015-2016). Anteriormente ocupou o cargo de Secretário da Secretaria de Macroavaliação Governamental do TCU 2011-2014. Ocupou a função de Diretor nas áreas de Telecom e Serviços Postais e posteriormente de Energia (petróleo e elétrica) da Secretaria de Fiscalização de Desestatização e Regulação do TCU 2001-2010. Foi Diretor da Secretaria de Planejamento Estratégico do TCU 1997-1999. Trabalhou de 1988 até 1995 no Banco do Brasil S.A. onde ocupou entre outros o cargo de Analista de Organização, Sistemas e Métodos. Professor Colaborador e Coordenador Acadêmico de cursos de pós-graduação em Controle e Auditoria Governamental e Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EBAPE) e Coordenador acadêmico e Professor nos cursos de pós-graduação em Regulação de Serviços Públicos e de Políticas Públicas do Instituto Serzedello Corrêa (ISC) – Escola de Controle do TCU. Graduado em Ciências da Computação pela Universidade Católica de Brasília. Mestre em Administração Pública e Políticas Públicas pela London School of Economics and Political Science (Reino Unido). Especialista em auditoria governamental pelo Government Accountability Office (GAO) dos Estados Unidos. Autor participante de livros e de artigos e palestrante nas áreas de cooperação internacional e políticas públicas, OCDE: acessão e Políticas Públicas; Centro de Governo e Coordenação Governamental; Controle Externo da Administração Pública; Auditoria de Desempenho Governamental: Governança Pública. Teoria e Doutrina da Regulação de Serviços Públicos

Jorge Ulisses Jacoby Fernandes

Mestre em Direito pela Universidade Federal
de Pernambuco, Advogado, professor de
direito administrativo, escritor, consultor,
conferencista, palestrante reconhecido
nacional e internacionalmente.
Fundador da Jacoby Fernandes & Reolon
Advogados Associados. Possui uma sólida
carreira no serviço público ocupando vários
cargos, dos quais se destacam: Conselheiro
do Tribunal de Contas do Distrito Federal,
Membro do Conselho Interministerial de
Desburocratização, Procurador e
Procurador-geral do Ministério Público junto
ao Tribunal de Contas do Distrito Federal, Juiz
do Tribunal Regional do Trabalho da 10a
Região, Advogado e Administrador Postal da
ECT. Atualmente é Membro da Comissão
Especial de Defesa da Federação na OAB
Nacional, Membro Benemérito da Instituto
Amazonense do Direito Administrativo – IADA
e Consultor no Banco Mundial.(2012-2015);

Sebastião Helvecio Ramos de Castro

Atualmente é Conselheiro Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) e Presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB), 2º mandato (2016-2017); Foi Deputado à IV Constituinte Mineira, signatário da Constituição do Estado de Minas Gerais (Constituição Compromisso) 1989; Signatário da Lei Estadual 10057/89 que implantou a Fundação Hemominas; Foi Secretário de Estado da Saúde (1989/1990); É Membro do Comitê Executivo de Saúde do Estado de Minas Gerais; Foi Vice-Prefeito de Juiz de Fora (2001/2002); Foi Deputado Estadual (de 1987 a 2009, seis legislaturas) e Relator das Leis do Ciclo Orçamentário na ALMG (PPAG, LDO, LOA); É Doutor em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003) e Professor Adjunto de Pediatria na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Rita de Cassia

É doutora em Políticas Públicas e Gestão para o Desenvolvimento pela Universidade de Manchester (2005) e mestre em Economia pela Universidade de Brasilia (1996). Atualmente é Consultora de Orçamentos do Senado Federal e professora/orientadora em cursos de pós-graduação de entidades de ensino superior, como UnB, IBMEC, ALMG, ENAP, ISC, ILB e outras. Foi Subchefe-Adjunta de Políticas Sociais da SAG e Assessora Especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo, ambos na Casa Civil da Presidência da República; Secretária-Adjunta de Planejamento do Estado do Maranhão; e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental – EPPGG. Tem formação e experiência técnica e acadêmica nas áreas de finanças públicas, planejamento governamental, formulação e avaliação de políticas públicas e soluções de TIC aplicadas a governo.

Pedro de Abreu e Lima Florêncio

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1995), graduação em direito pelo Centro Universitário de Brasília (2007), mestrado em direito econômico internacional – University of Warwick (2005) e doutorado epela University of Warwick (2015). Atualmente é professor do IBMEC